No sábado
logo pela manhã saímos em direção à torre, o topo da montanha, dez quilômetros
de escalada num o ritmo era brando, o que valia era o passeio e o visual. Nessa
época do ano as flores dominam as paisagens e qualquer brisa suave sente se o
perfume das flores.
Depois do
almoço paramos para tirar várias fotografias da equipe, mas essas eu não vou
publicar porque senão o Sr. João Marinho me mata, depois que forem para o ar eu
divulgo.
Descemos
para Manteigas para retirar os kits da competição, fizemos um percurso de
downhill bem técnico. Eu já havia feito essa trilha em 2010 no geo-ride e tinha
curtido muito e dessa vez com os meninos foi só diversão. Eles desciam na
frente, algumas horas paravam para me esperar eu mal chegava e partiam
novamente. À noite eu já sentia os meus braços doerem. _ “Meu Deus preciso
treinar!”.
Com os kits
em mãos dava uma preguiça enorme em olhar para cima e pensar que teríamos que
voltar pedalando o famoso Vale Glaciar, mas combinado é combinado.
Os meninos
brincam dizendo que dos 12 quilômetros eu pedalei apenas 3 e nem sabem dizer o
quanto foi abatido dos 800 m de desnível, quem fez todo o esforço por mim foi o
João. E foi mesmo! Fui grudada na mochila dele o tempo todo! Muitas vezes com a
ajuda do Miguel. Salva também por todas as gomas Sponser que eu roubei do
Ricardo (olha que eu sou chatinha de gosto mas essas balinhas de gel são mesmo
boas).
A largada da
prova era às 10 horas. Pouco antes disso estava alinhada junto a centenas de
atletas. Eu estava inscrita na meia maratona, faria 47 km com 1500 m (o
combinado entre o João e eu parece ser esse: eu coloco ele para correr quando
ele está na temporada de treinos de bike e ele me coloca para pedalar durante a
minha temporada de corrida.) Como a largada dos dois percursos era a mesma ficava
difícil saber quem eram as minhas “rivais”.
Segui num
ritmo que conseguiria manter. Era uma subida que não acabava nunca! Sabia que
tinha que resistir até o quilometro 33 que depois disso seria descer o tal Vale
Glaciar que tínhamos subido na véspera. Fui controlando água e mandando ver no
mel, nas gomas (depois de sábado o estoque foi reposto pelo João) e levei sal
marinho, na falta das minhas queridas azeitonas, achei que minha reposição de
sal seria importante para o meu desempenho, ainda porque o calor do sol
contrariava a previsão do tempo (não é Filipe?) então o sal seria fundamental
para a melhor absorção da água!
Mais para o
final da subida encontro com uma bifurcação que me gerou certa dúvida; havia
uma placa grande apontando “Maratona Feminina” Parei perguntei para alguns
atletas que passavam, segui para o lado contrário porque lembrava ter visto a
altimetria da meia maratona era a mesma da maratona masculina.
Chegando lá
no topo, no final dessa subida que parecia não ter fim o staff me diz que eu
estava no lugar errado que nenhuma mulher tinha passado por lá. Para a minha
alegria vim descobrir mais tarde que quem estava errado era o staff e não eu!
Como eu era a primeira mulher na meia maratona eles ainda não tinham se dado
conta que mais mulheres passariam por ali!
Descer o
Vale Glaciar foi parte do premio da prova. Primeiro em asfalto, depois um single
técnico curto que emendava numa estrada de terra; ali sim no final da descida
uma bifurcação para Manteigas iam os que faziam a meia maratona.
Cruzei o
pórtico em primeiro!
Obrigada
Nexplore e a toda equipe Rocky Mountain Sponser Nutrition pelo final de semana delicioso
e divertido!
2 comentários:
Luli o que eu faço com você, caraca não é possível, você também é uma mutante.
Hahahaha... que demais, parabéns.
Beijos
Brasileira...é sempre um prazer ler os teus relatos, partilhar o fim de semana, os empenos e as vitorias! Como dizem vocês...mandou bem!!
Até já! :)
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