domingo, 22 de dezembro de 2013

Kitesurf em Tulum

_ “Qual foi o esporte mais difícil que experimentou em 2013?”

_ “Kitesurf.” Respondi sem hesitar “sim porque a maioria dos esportes por mais que não se saiba é possível vivencia-lo, por exemplo, surf, no mesmo dia que aprender por mais que fique apenas alguns segundos em cima da prancha vivencia a sensação de sua prática, já o kitesurf....

***


O destino era México e se as férias seriam para dar continuidade ao esporte mais marrento do projeto #365 o local escolhido seria Tulum.
Tulum fica na costa caribenha abaixo de Playa de Carmen, que por sua vez está abaixo da famosa Cancun. Mas nada de gigantes hotéis, a simpática comunidade exala paz e amor. Um tanto quanto hippie-chic os hotéis e pousadas com quartos estilo bungalow cobertos por sapé em simpáticas construções de madeira que como sua comunidade encaixam se perfeitamente na paisagem.



Praia de areia branca, mar turquesa, homens e mulheres lindos, topless na areia, yoga, sorrisos e vida saudável, paraíso por definição.

Lá fomos nós para a aula. Eu estava com medo de pegar a pipa, meu único contato com kitesurf tinha sido em um lago:
“Mas você aprendeu na água?”
Sim. Se fosse arremessada pela pipa do jeito que fui inúmeras vezes nas minhas aulas aquáticas na praia não teria o mesmo efeito...


Minha professora polonesa me passou muita tranquilidade me ensinando como proceder caso o kite se enrolasse com a ondas, o famoso “wash machine”.
_ “Só puxar o safety.”
_ “Só?”

Mas vamos às condições locais: Vento On-shore (na direção da praia) ondas para todos os lados.
Depois de relembrar como se controlava a pipa era hora de entrar na água, aprender a passar a primeira rebentação de ondas (porque tinha a segunda, terceira...) fazer um body drag e sair para a praia novamente.

A história começou a ficar complicada quando eu tinha que controlar a pipa com uma mão, segurar a prancha com outra, olhar para o kite e para as ondas ao mesmo tempo, esperar a série de ondas bravas passar, entrar rápido na água mesmo com o vento me jogando de volta para a praia, passar a rebentação... “wash machine”.

Tomei tanta vaca e muitas vezes quando levantava com mais três litros de água salgada na barriga olhando para o alto para ver se o kite voava.... “wash machine!”

“Ai Santo!” Toca puxar o safety, ir até a praia, desembaraçar a linha, desprender, reprender, relançar e tentar tudo de novo.

“Quer parar para beber uma água?”
A polonesa só podia estar tirando sarro da minha cara.



Foram 3 horas de kite e em nenhum momento eu consegui entrar na água com a prancha sem ser arrastada pelas ondas ou pelo vento. Hora de parar. 
Amanhã tem mais.


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