_ “Qual foi o
esporte mais difícil que experimentou em 2013?”
_ “Kitesurf.”
Respondi sem hesitar “sim porque a maioria dos esportes por mais que não se
saiba é possível vivencia-lo, por exemplo, surf, no mesmo dia que aprender por
mais que fique apenas alguns segundos em cima da prancha vivencia a sensação de
sua prática, já o kitesurf....
***
O destino era
México e se as férias seriam para dar continuidade ao esporte mais marrento do
projeto #365 o local escolhido seria Tulum.
Tulum fica na costa
caribenha abaixo de Playa de Carmen, que por sua vez está abaixo da famosa
Cancun. Mas nada de gigantes hotéis, a simpática comunidade exala paz e amor.
Um tanto quanto hippie-chic os hotéis e pousadas com quartos estilo bungalow
cobertos por sapé em simpáticas construções de madeira que como sua comunidade
encaixam se perfeitamente na paisagem.
Praia de areia
branca, mar turquesa, homens e mulheres lindos, topless na areia, yoga, sorrisos
e vida saudável, paraíso por definição.
Lá fomos nós para a
aula. Eu estava com medo de pegar a pipa, meu único contato com kitesurf tinha
sido em um lago:
“Mas você aprendeu
na água?”
Sim. Se fosse
arremessada pela pipa do jeito que fui inúmeras vezes nas minhas aulas aquáticas
na praia não teria o mesmo efeito...
Minha professora
polonesa me passou muita tranquilidade me ensinando como proceder caso o kite
se enrolasse com a ondas, o famoso “wash machine”.
_ “Só puxar o
safety.”
_ “Só?”
Mas vamos às
condições locais: Vento On-shore (na direção da praia) ondas para todos os
lados.
Depois de relembrar
como se controlava a pipa era hora de entrar na água, aprender a passar a
primeira rebentação de ondas (porque tinha a segunda, terceira...) fazer um
body drag e sair para a praia novamente.
A história começou
a ficar complicada quando eu tinha que controlar a pipa com uma mão, segurar a
prancha com outra, olhar para o kite e para as ondas ao mesmo tempo, esperar a
série de ondas bravas passar, entrar rápido na água mesmo com o vento me
jogando de volta para a praia, passar a rebentação... “wash machine”.
Tomei tanta vaca e
muitas vezes quando levantava com mais três litros de água salgada na barriga
olhando para o alto para ver se o kite voava.... “wash machine!”
“Ai Santo!” Toca
puxar o safety, ir até a praia, desembaraçar a linha, desprender, reprender,
relançar e tentar tudo de novo.
“Quer parar para
beber uma água?”
A polonesa só podia
estar tirando sarro da minha cara.
Foram 3 horas de
kite e em nenhum momento eu consegui entrar na água com a prancha sem ser
arrastada pelas ondas ou pelo vento. Hora de parar.
Amanhã tem mais.
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