Amanheceu um céu sem nuvem alguma no céu. Preguiça de abandonar o paraíso isolado que tinha encontrado, mas a viagem continua. Ganhei biscoitos amantegados da senhorinha e seguir percurso que tinha traçado e baixado novamente para o Suunto. Escolhi estradas bem pequenas e rotas alternativas que fugiam da principais, claro que o caminho ficou maior!
Altos e baixos, o caminho hoje tinha subida sim! E na marcha mais leve mesmo com a bike carregada foi possível pedalar, numa velocidade cruzeiro bem baixinha, o passeio estava valendo, as vistas então nem se fale...
Nem uma hora de bike eu já estava faminta mas resolvi esperar para comer no final da primeira rota que tinha traçado. Ontem quando analisava o percurso apareceu no google maps Kite point, obvio que joguei um desvio indo até lá para conferir; uma ponta de ilha transformada em um point de winds e kite surfistas. A cor do mar indescritível! O lugar astral como todos onde juntam tribos de esporte. No bar dentro da escola de kite sentei para almoçar, curtindo o sol, o visual e as acrobacias dos mais experientes.
A tarde consegui chegar no porto Santa Teresa onde saem barcos para Córsega "Quem sabe..." lá me informei que poderia cruzar para a ilha francesa, mas depois percebi que se fizesse ficaria sem alerrnativas de sair de lá, então voltei para a opção "na próxima cidade porto a gente descobre outra alternativa."
Parei no supermercado para me abastecer e resolvi seguir mais um pouco antes de parar. Claro que quando a gente resolve fazer isso nunca dá certo. Estou aprendendo que numa viagem assim é preciso fazer tudo antes; parar para comer ANTES de sentir fome e parar num hotel ANTES de tomar aquela chuva, ANTES de ficar exausta de pedalar e principalmente ANTES de entrar numa reserva ecológica inóspita.
Pedalando sob a chuva e pedindo ajuda ao anjo da guarda para que me mandasse um hotel. Metade do pedido vaio rapidinho a chuva deu uma trégua e até mandou um arco iris. Já o hotel...voltemos à área inóspita; resolvi seguir uma placa de agroturismo, eu já tinha visto essas placas e como tinha um desenho de garfo e faca e de cama imaginei que poderia achar minha parada final.
Pedalei por estrada de terra, cruzei um rio e vi um carro recém afundado (eu sei tá completamente fora do contexto, e na hora que vi o carro fiquei tentando entender tal surrealismo depois que pedalei um pouco mais vi uma placa avisando que a área era perigosa e propensa a enchentes, e pelo visto tromba d águas) Fiquei rindo sozinha, na hora eu só não tirei foto porque achei que era pegadinha.
Quando chego na estrada sem saída e vejo a tal placa agroturismo, abro o portão da fazenda e um senhor no trator, pouco humorado me manda voltar. (?)
Comecei a ficar preocupada porque o sol estava se pondo, eu estava molhada e sem bateria, quando finalmente outra propriedade agroturistica =) Como se fosse um b&b só que em propriedades rurais. Dessa vez o homen que estava no trator me deu boas notícias "Temos sim, temos quartos!"
Assim termina o dia 3; numa fazenda, mais uma vez no meio do nada, sob o céu estrelado, ouvindo os grilos, com mais 70 km na conta!
4 comentários:
To viajando junto!!! Boa Luluzinha!!!
Que viagem maravilhosa!
Brava e Bravíssima Luli Destemida!
Beijos
Que dia incrível, tô adorando. Saber que podia estar nessa com você mas enfim, está demais.
Maná nem tenho o que dizer só uma coisa que TESÃO!!!
Luli, acompanhado e curtindo a aventura! Bjs solidários!
Ps : torcendo para que a chuva dê trégua
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