Só o fato de você saber que está num país diferente por influência psicológica até a paisagem muda. Ideia ou não a paisagem da Córsega do trecho que pedalei hoje, me lembra mais Brasil; com uma vegetação mais densa que a Sardenha e muito mais montanhas.
Eu estava apreensiva sem saber se iria pegar uma estrada chata de Propriano até Ajaccio (o plano era esse; pedalar mais do que 70 quilômetros para chegar em Ajaccio de onde sairia o barco para Marseille as 19 hs) mas escolhi a estrada da costa opção mais longa, e foi uma excelente opção. Raramente passava carro, pedal sobe e desce nervoso, no meio das montanhas e no meio do silêncio. Paz de espírito!
Num mini vilarejo parei na frente de uma igreja para comer um pedaço de chocolate, era uma das poucas coisas que restava na minha lancheira, eu quase roubei um pão que o sr estava deixando na caixa do correio das casas, mas ali na frente da igreja achei que não iria pegar bem. Segui com fome.
Na metade do caminho, para minha sorte, achei um mini mercado e parei para comprar comida, já que pelo visto nenhum restaurante estava na rota. Com meu francês macarrônico fiquei respondendo as perguntas curiosas do dono da venda e seus comparsas. Uma mulher viajando sozinha de bicicleta inevitavelmente desperta curiosidade alheia. Depois do interrogatório sentei calmamente para comer pão, queijo e bolinhos de chocolate, com uma vista incrível da ilha e um solzinho quente.
O pedal foi sobe e desce o tempo inteiro, e mesmo sofrendo com o peso de carga da bike com a marcha mais leve foi possível encarar as ribanceiras, num ritmo de tartaruga, mas mais uma vez: "Pra que a pressa?"
Às 15.30 da tarde cheguei na cidade destino e consegui comprar a passagem para mim e para a Brava com destino a Marseille, vamos dormir na ilha e acordar no continente.
A viagem continua...
Um comentário:
Nossaaaaa...cada dia que passa fica incrível.
Me conta o que é melhor que isso?
Vai Mana....Vai Brava.
Bjs
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