AUDAX 100 KM relato do passeio

Foi através de um amigo que descobri a Audax, resolvi ir conferir do que se tratava o evento. Afinal de contas, cada dia mais precisamos de outras alternativas divertidas; como opção de treinos, passeios, novas tribos e assunto para o blog.

A Audax é um conceito importado da França, é como se fosse um ciclo turismo: você imprime o percurso (planilha e mapinha) e pedala no seu tempo, no ritmo que quiser até o destino final.
As 6 etapas que tem durante o ano variam, começam menores, 200km, e atingem até 600km. Junto com o passeio principal existe desafios menores.

De prontidão minha irmã Dri topou o final de semana em Campos do Jordão, sem saber que isso era apenas o começo da arapuca. Depois ainda iríamos pedalar em Campinas no domingo, mas isso é outro relato...

Optamos pelo desafio dos 100k ainda sem saber se a Dri pedalaria tudo, afinal a guerreira como se não bastasse ter saído da dengue à uma semana, ainda estava recém resfriada. Mas vamos lá, Audax é um passeio não teremos muita pressão!

Sábado estávamos no Castelão, no pé da serra de Campos, reunidas em meio a mais ou menos 80 ciclistas devidamente equipados para a aventura. Turmas de amigos, atletas, marinheiros de primeira viagem, e duas doidas de cor de rosa.

Saímos pedalando leve sabendo que viria pela frente uma interminável subida. Logo no começo já fizemos um amigo de São José dos Campos, Eduardo, ele estava treinando para o desafio da serra de Campos que será no próximo final de semana. E como estava solo, resolveu juntar-se à dupla. Sua camisa pink da Giant, fez com que ele se misturasse fácilmente.

Primeiro trecho de subida até Santo Antonio do pinhal, tudo bem. Com direito à brincadeiras, a Dri me passava e eu passava ela. Uma parada na fonte de Santo Antonio, e mesmo com a garrafa da bike ainda cheia, melhor garantir né? “Para! E vamos tomar um gole direto da fonte!”
A segunda interminável subida tinha 13 km, e a Dri começou à sentir a quarentena da dengue. “Amiga não temos pressa e nem obrigações, estamos aqui para brincar.” Eu e nosso novo amigo íamos revezando as empurradas de ajuda. No final da subida, paramos para que ela pudesse se recuperar, o que aconteceu apenas no PC1, na praça principal do centro de Capivari. A Coca Cola gelada e o sanduíche reavivaram os ânimos. Ali 66 km já tinham ficado para trás, agora era moleza, pedalar de volta e descer a serra.

Terminamos o passeio após um intenso downhill pela serra de Campos, e a gente super amadora na speedy, não conseguiu ter habilidade para passar muito mais dos 45km/h. Eu me sentia uma batedeira, passando seca por todas as irregularidades do asfalto. Com 5 horas de pedal e sorriso no rosto, chegamos na base da serra novamente.
Uma ótima opção de treino.

Fomos dormir cedo, pensando na dobradinha dos 100k em Campinas do dia seguinte, Será?

Valeu Dri, obrigada por mais essa, você é muito guerreira e determinada, e o melhor de tudo; uma palhaça! Adoro dividir a vida com você!