terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A volta à ILHA GRANDE - segunda parte (2/2)


Quarenta quilômetros do segundo dia aparentemente seriam em um dia com mais possibilidades de chuva, mas São Pedro estava curtindo o nosso passeio. Após deixar a praia Parnaioca para trás e dar adeus para a Dona Janete seguimos para a próxima parada Aventureiro, mais uma praia de águas cristalinas, agora um pouco mais povoada. Aproveitamos para reforçar o café da manhã e tomar forças para atravessar a parte mais perigosa da Ilha: A ponta do Drago!

À distancia era possível ver onde o mar ficava alterado. Um pouco antes certificamo nos que as saias dos caiaques estavam bem colocadas e coletes afivelados, era hora de encarar o Dragão.

Apesar de altas, as ondas entravam no mesmo sentido: mais fácil equilibrar o caiaque.
Logo quando entramos no mar agitado eu já comecei a gritar, me deliciando com a adrenalina e aventura de remar em um mar bravo. Me sentia segura; além de ter 4 marmanjos a minha volta, sabia que o trecho de mar revolto não seria nada muito além de 1 quilometro, então era hora de curtir o desafio!

O Diogo mudo. "Diogo você está tenso?"
Meu companheiro de embarcação não estava se divertindo como eu, talvez porque na ultima expedição que fez o caiaque virou 5 vezes.

Havia horas que o caiaque batia tão forte na queda contra as ondas que parecia que ia quebrar ao meio.
Os meus gritos transformaram se numa cantoria conjunta:
"Poe a mão na mão do meu Senhor, que acalma o mar, que acalma o mar..."
O lobo do mar e a dupla dinâmica Vit e Marcelo remavam na frente a abriram uma boa vantagem. Mas depois que todos passaram a ponta comemoramos e vibramos:
"Vencemos o Drago e o melhor; a diversão foi na medida!"

Pulamos a parada seguinte porque o mar estava bem batido, achamos que seria melhor contornar a ponta leste da ilha e irmos direto para a praia vermelha.
Na praia vermelha uma parada deliciosa para o almoço: "Lula frita!"
Claro que o tcheco pediu uma cervejinha para não quebrar a tradição.

O tempo ruim só chegou na ultima meia hora do dia, quando nós já remávamos sentido a praia Bananal (local aonde 3 anos atrás houve o deslizamento de terra) O Capitão Baiacu resolveu dar uma estendida no remo, pois os quase 40 k eram pouca quilometragem para o seu dia. Enquanto isso, nós curtimos um banho quente e um happy hour em uma varanda com vista do final de tarde chuvosa sobre o mar.


A pousada da Satiko tem um chuveiro melhor do que o de casa. Sem contar a comida, o nhoque caseiro que teve de jantar e o bolo de chocolate no café da manhã! Tudo deliciosamente valorizado.

O terceiro e ultimo dia foi um passeio final para fechar a volta. Aproveitando as partes belas da ilha fomos até o Saco do céu e lá comemos a ultima lula frita da nossa expedição.


Assim terminou o feriado com 106 k de canoagem, quase 16 horas de remo, várias porcões de lula frita, praias paradisíacas, natureza selvagem e amizades fortalecidas. Aventura perfeita!
Agora já estamos sonhando com a próxima!

Obrigada Zé Alfaia,Vit, Marcelo e Diogo foi divino compartilhar a aventura! Quero mais!

Um comentário:

Casal 20 Rose e Cido os Bikers disse...

Noossaaa Linda Luli Parabéns Show!!! 106 kms em 16 horas extensivo a todos da Equipe. Beijão no seu <3 Rose Casal 20 Bikers.