quinta-feira, 18 de julho de 2013

GIGATHLON - Relato 2o dia de prova

CHUR - ENNETBÜRGEN

A largada para o segundo dia foi um pouco assustadora; quando chegamos no pórtico comecei a analisar os outros corredores e percebi que estavam todos leves, sem mochila.

"Vai se infiltrando!"_ Nosso grito de guerra em ação, Dri e Pati agitavam a pacata manhã.

"Oh my God! Eu não estou praparada para correr quase meia maratona esprintando!"

A corrida foi fácil, sua maior parte foi por caminhos de terra, dava para ficar num ritmo bom e mesmo com o esforço da subida da véspera eu sentia que meu corpo responder.

 
Após duas horas e meia estava na transição. A Dri entrou para perna de 81 k de roadbike. No acumulado as modalidades que não tínhamos tanta base começavam a pegar. O calor também começava apertar.


Pati e eu esperávamos em Lachen, a Dri demorou mais do que o previsto, sua chegada começou a deixar a equipe preocupada. No final do trecho ela sentiu o calor e sofreu mais do que o esperado.

Eu entrei correndo de neoprene para 3 k de natação, dessa vez sem medo nenhum da agua gelada, o calor era tão intenso que eu estava era mais preparada para congelar. Consegui criar um sistema pessoal de navegação de bóia para bóia na triangulação do azimute para tentar otimizar ao máximo as braçadas.

Depois do refrescante trecho entrei para a estreia do patins em uma perna longa. Ai foi quando fritei e sofri muito. Resolvi patinar com o meu patins antigo (levei dois pares para a competição) porque já estava com os pés doloridos do primeiro dia. Mas se querem saber, acho que nenhum pé resiste bem a mais de duas horas de esforço dentro de uma bota.


Quando eu cheguei, visivelmente abalada pelo calor a Dri já veio:

_"Ah! Agora está sentindo um pouco do que eu senti!"


E partiu para a ultima modalidade do dia mountain bike. Sem levar nada de casaco.

Pati e eu seguimos de carro para Ennetbürgen, a cidade do acampamento seguinte. Supostamente quando chegássemos deveríamos montar a barraca.Pudera! Estava um temporal de verão daqueles!

"E agora?"


Nesse momento começou o perrengue. Nesse momento percebemos a dificuldade de ter apenas um apoio. Foi o primeiro dia sem banho.

Peguei o jantar enquanto aguardávamos pela Dri. A ansiedade de esperar, no escuro, não saber que dificuldade ela estava enfrentando, se estava sofrendo com o frio, com a chuva, fazia com que o descanso fosse adiado. Meu corpo já estava parado mas a cabeça continuava na prova.

Após 14 horas de competição ver a Dri cruzar o pórtico de chegada com sorriso de orelha a orelha e falante (como costuma ficar quando tudo corre bem) foi um alívio para mim e para Pati. Hora de ir para a nossa van e tentar dormir um pouco para o dia seguinte.





3 comentários:

Arnaldo - Olhando disse...

Terça tá "molezinha" rsrsrs. Soca a bota e força, eita que não vejo a hora da chegada, beijos

Azelha P disse...

Eu quero ver a dancinha! ;)

Lilian disse...

Gentemm, dá pra escrever logo?!? Num guentoooo. Ta d+ da conta!!!