quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A MADRINHA QUE DÁ TRABALHO!

Corredores de aventura, fora de seu território normalmente são vistos como pessoas malucas. Meu consolo, como diria meu pai, é que “De perto ninguém é normal.” Então me escoro no ditado e assim sigo apenas sorrindo ao ouvir os mais entusiásticos comentários de amigos.
No feriado fui fazer um casamento em Paraty de dois queridos meus.
Paraty! O nome já vem carregado de aventura; mar, serra, praias, um paraíso do esporte.
Fui convidada pela Madu para ficar na casa dela, o paraíso fica na ilha do Araújo, e naquele final de semana ele seria todo meu!

AVENTURA 1 – A CHEGADA
Fui com a Paulinha, educadora, amante do outdoor, que esta indo morar na chapada, trabalhar com um projeto lindo de educação. Amiga essa que já carreguei para algumas provas de aventura. Adora um improviso, e topa entrar nas maluquices alheias!
Chegamos à praia Grande na sexta à noite, ainda claro, enchemos o meu duck, e colocamos as nossas malas dentro de sacos plásticos para fazer a travessia até a ilha.
No meio do percurso, com a embarcação desgovernada (fazer o leme tava difícil com aquele caiaque carregado) começou a chover. Esses eram os Deuses abençoando nossa chegada, uma chuva que nos deixou refrescadas e o mar lisinho lisinho, lindo demais!

AVENTURA 2 – O NAUFRÁGIO
A madrinha do casamento começou a dar trabalho nesse capitulo e não parou mais.
Com a Paula, mais uma vez à tiracolo, remamos até o local da festa, a praia do Jabaquara, por uma hora e vinte. Ficamos um pouco na casa e depois no meio da tarde resolvemos ir ao encontro dos amigos e convidados do casamento que estavam num intensivão festivo. Agora, nossa missão era remar mais 8 km até a ilha do Catimbau, mas o mar estava contra. Esses eram os Deuses tentando avisar a gente para não ir.
Cada uma em um caiaque sit on top.
Antes do meio do percurso, Paulinha começou a reclamar que o mar estava cada vez mais bravo. E eu não percebia isso “Vai ver que sou eu, né?” Até que a Paula me solta “Nossa! Esse caiaque é instável! Quase virei!” Um sit on top instável?? Alguma coisa estava muito errada! Quando olho para ela, seu caiaque cheio de água “Meu Deus Paulinha, seu caiaque está furado e afundando!” Conclusão tivemos que acionar o resgate; O Noivo! Que meia hora depois estava lá com o barco para nos acudir. “Du, dou muito trabalho?!” “Não Luli! Você é simplesmente uma amiga diferente!” Bom, diferente para corredor de aventura, é elogio!

AVENTURA 3 – A SAÍDA
Meu vestido já me esperava num dos quartos da casa aonde seria o casório. Eu saí de manhã remando da ilha do Araújo munida da estrobo flash (uma luz usada em embarcações durante à noite) e de uma certeza que ninguém me tirava; voltaria da festa remando. Mesmo sem saber que depois faria a noiva checar seu celular de vinte em vinte minutos preocupada para saber se a madrinha tinha chegado bem.
O casamento foi maravilhoso, os noivos se casaram abençoados por todos amigos e com o oceano de testemunha.
Nem uma furiosa tempestade no meio da festa tirou a energia e alto astral dos convidados. E depois da tempestade...como não poderia deixar de ser; a calmaria. A minha, foi sentir o barulho da festa se dissolvendo naquele céu de estrelas. Assim terminou a minha noite; sob um céu sem luar, com planctons transformando se em um rastro de estrelinhas fosforescentes. E a medida que a musica se ia, ouvia mais os grilos e o barulho da pá do meu remo entrando na água. E esses, eram os Deuses em silencio.

2 comentários:

Daniela Malzoni disse...

Luluzinha,
Que posso dizer depois de palavras tão lindas como as suas.
Madrinha nota 1.000.000.000...
Trouxe toda sua energia, alegria, deixou a festa liiiiiinda de morrer. Ambientação mega elogiada! Sempre ai do nosso lado e ainda se divertindo pra caramba e curtindo a vida e a natureza!
Vc é especial MEEEEEESMO!
bjs e continua sempre assim!

Georgia Nog disse...

Luuuu, amore mio!
To te encaminhando JÁ as fotos! rs

não tenho todas ainda... assim que receber o CD com todas, eu te mando mais, ok?

beijão

Geo