Sabe promessa que mulher faz de ficar sem comer chocolate?
Então, promessa diferente, mas tortura igual. A minha, era a palavra que eu havia dado ao meu treinador, que não passaria da média horária de 26km/h. Como diz meu amigo Ale, estou de quarentena, saindo de uma ano de muitas provas. Hora de deixar o corpo descansar. Mantive a palavra?
A resposta não poderia ser mais apropriada; CLARO!
Resolvi que usaria a prova de treino quando o Rodrigo Raso, que não poderia competir, me ofereceu a vaga dele, e eu não queria ficar fora dessa!
Para mim prova totalmente patrocinada por amigos, o Marco Fabio me levou de carona até a largada da prova no Rodoanel, o Horta (muito prazer!) me cedeu alfinetes para prender meu número, a Dri me buscou.
Devidamente equipada com a minha mountain bike, com o pneu mais largo que poderia arrumar, me dirigi à largada. Vestida não muito compatível com a minha categoria masculina, larguei!
A vibe de todas diferentes tribos reunidas sobre duas rodas, aquele asfalto lisinho, o céu azul, e o sorriso do português aplaudindo todos os que rasgavam pelo pórtico, era indescritível.
Segui assim maravilhada pelos primeiros 30k de prova.
Sob um dos viadutos que passamos no percurso inicial, estavam vários trabalhadores que fazem parte da construção dessa obra grandiosa. Entusiasmados e instigados, aplaudiram e gritaram quando passei por eles. Momento de admiração mutua! Que prazer poder retribuir o prazer que eles diretamente estavam nos proporcionando!
Não foi difícil ficar abaixo da média que tinha prometido ao Caco. Eu, minha magrela e o asfalto, sem pelotão e com musica no ouvido. Já estava no segundo ponto de água “Menina hidrate-se que ainda falta muito!” e como eu já voltava em direção à largada esqueci do fato de que ainda teria que contorná-la.
Larguei feito uma amadora no esporte, com apenas algumas balas de gel no bolso. E depois de passar ao lado do pórtico ainda faltavam 30k à base de água. Nesse ponto eu já estava passando mal, meu ritmo começou a cair muito. Eu e meu celular que não poderia ser de outra operadora (que orgulho!) resolvemos chamar a minha irmã Dri.
“Dri, socorro, estou morrendo e ainda faltam 30k.”
“Luli, pedala essa @#$%#&*#!!!!”
“Mas Dri eu estou fritando nesse sol, falta comida, vou desligar e ver se eu encontro uma boa alma.”
E o meu anjo da guarda estava ao meu lado! O nome dela Waldete (na chegada ainda descobri que é mãe do Bruno, um amigo meu, fala sério!) me saca um sanduíche de peito de peru do bolso “Tó, pode comer, eu não vou querer!” Sem minha salvadora, acho que teria tido um treco.
Liguei para a Dri;
“Você não vai acreditar...”
E com a injeção que a comida me deu, e o animo de ter minha irmã me esperando na chegada, cruzei o pórtico. Missão e promessa cumprida! Sorry Ro, seu tempo foi bem ruinzinho!
Obrigada de coração aos meus amigos que me patrocinaram nessa prova. Mario Roma, Claro e envolvidos nesse evento, o Brasil agradece, foi um enorme passo para o esporte de duas rodas no país da bola! Kailash, Ciclocaravelle e Neaf meus apoiadores incansáveis!
Ainda bem que a Páscoa ta aí, quero mais é chocolate!
4 comentários:
Mas é um tranqueira mesmo !!! Parece que começou ontem !!!
bj.
Luli já que não fui na pipoca, na próxima estaremos lá, certo.
E CLARO de cor de rosa.
Obaaaaaaaaaa... mais provaaaaa...
beijo
Dri
animal em Dona, sempre fazer grandes emoçoes...hahahha
beijos
mó
Hahahhahaha.... começou ontem a fazer esportes? balas no bolso??? morri de rir! Parece que só se comporta bem em provas de mais de 500k, e haja subida!
bjs!!
ANDRESSAO
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